HELICOVERPA ARMÍGERA

Neem Indiano

NIM INDIANO (Azadirachta indica)

A planta nativa da Índia tem aplicações nas indústrias de cosméticos, farmacêutica e moveleira, e é um inseticida natural que contribui para a agricultura sustentável

Quando a médica acupunturista Maria do Rosário Guimarães ganhou duas mudas de nim, as pesquisas brasileiras em torno desta árvore indiana ainda eram incipientes. Um engenheiro florestal havia lhe informado que a planta serviria de excelente inseticida natural para sua horta, localizada num sítio em Aquiraiz, a 30 quilômetros de Fortaleza, CE. Dois anos e meio depois, ela percebeu que a alface, a beterraba, a cenoura e outros vegetais que cultivava não eram atacados por pragas. As pesquisas evoluíram de lá para cá e hoje sabe-se que o nim pode ser mais que um poderoso inseticida. É capaz de alterar a metamorfose, reduzir a fecundidade e inibir a alimentação de 413 espécies de insetos. A produção de Maria do Rosário cresceu para 300 árvores em Aquiraiz, e, junto com a sócia Elisabete de Freitas, ela fabrica produtos à base de nim, como xampus e cremes hidratantes. Percebendo a fácil adaptação ao clima e o sucesso com a clientela, investiram numa plantação em Jaguaribe, a 300 quilômetros de Fortaleza, em pleno sertão cearense, de mais de 12 mil árvores.
Como na história de sucesso das sócias, a produção de nim cresce em alta velocidade graças às suas inúmeras aplicações ambientais e comerciais. Cosméticos e produtos de higiene, como pastas de dente, são feitos à base de nim. A indústria farmacêutica a utiliza na produção de remédios contra piolhos e escabiose e xarope contra bronquite. Por ser um excelente antiviral, está sendo testado até em coquetéis contra o vírus da Aids. A Índia produz 600 tipos de medicamentos feitos com a árvore.

Mercado
Da mesma família do mogno, o nim é ideal para a fabricação de móveis finos e artesanato. Como é rica em tanino, a planta é resistente aos ataques de cupim e de traça. Segundo o pesquisador Belmiro Neves, da Embrapa Arroz e Feijão, o metro cúbico da madeira é cotado a 400 dólares. Um bom manejo resulta em 40 metros cúbicos de madeira por hectare. As folhas são usadas na ração animal, como vermífugo, o quilo da folha chega a ser vendido a 2 reais. Trituradas, servem também como um bom repelente para o gado. Além disso tudo, graças à propriedade inseticida, o nim tornou-se uma promessa para a agricultura auto-sustentável, por ser uma alternativa menos agressiva no controle de pragas. “A árvore vai ajudar a evitar um possível ‘apagão florestal'”, aposta Belmiro, referindo-se ao avanço do desflorestamento para a abertura de lavouras.
Um quilo dá cerca de 3.500 mudas.

Descrição

A planta gosta de altas temperaturas e chega a 11 metros de altura.
NOME CIENTÍFICO: Azadirachta indica A. Juss. Este nome significa “árvore generosa da Índia”. Além do nome científico, o nim é conhecido também como Neem, na Austrália e nos Estados Unidos, e como Babo Yaro, na Nigéria.

CLASSIFICAÇÃO: O nim pertence à família das meliáceas, a mesma do mogno, da andiroba, do cedro e do cinamomo.

DISTRIBUIÇÃO: A árvore é originária da Índia e da Birmânia. Por ser característica de clima tropical, ocorre em toda América Central, Sul do Pacífico, Mianmar, Paquistão, Sri Lanka, Indonésia, Papua Nova Guiné e Malásia. No Brasil, segundo a pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Terezinha Dias, a primeira introdução oficial da planta ocorreu em 1984, por intermédio de um experimento em Brasília. O material, procedente da Índia, foi encaminhado ao Iapar – Instituto Agronômico do Paraná, em Londrina. Atualmente, a árvore pode ser encontrada em todas as regiões do país, com destaque para o município de Barreiras, no oeste da Bahia.

DETALHES IMPORTANTES: O nim não exige solos de alta fertilidade, desenvolvendo-se bem até em terrenos áridos. Não suporta, porém, terra encharcada e ácida. A árvore gosta de temperaturas que variam entre 8ºC e 40ºC. Quanto mais quente, mais rápido é seu crescimento. Também se desenvolve em regiões com poucas chuvas e solos profundos, tolerando índices pluviométricos que variam entre 150 e 1800 milímetros anuais. O ideal é sempre fazer o plantio das mudas no início do período chuvoso. Nestas condições, o nim pode chegar a 11 metros de altura em oito anos. Os frutos começam a aparecer em apenas três anos. Possuem 2 centímetros de comprimento, são esverdeados e doces, o que atrai muitos pássaros. A polpa é utilizada na produção de metano. A produção por árvore pode chegar a 15 quilos de frutos. A semente é um pouco menor que o fruto e lembra bem uma semente de azeitona, só que um pouco maior. As folhas são pequenas, com 8 centímetros de comprimento, e as flores são brancas e aromáticas. Uma árvore produz 7 toneladas de folhas, que podem ser vendidas a 2 reais o quilo.

Fontes: Terezinha Dias, curadora de plantas biocidas da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF; Belmiro Pereira das Neves, entomologista e pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO

Outros usos potenciais do Nim ( Azadirachta indica A. Juss )
Uso Medicinal

Frutos, sementes, óleo, folhas, cascas do caule e raízes do nim possuem os mais variados usos antissépticos, antimicrobianos, nos distúrbios urinários, diarréias e doenças do couro cabeludo. As folhas, por exemplo, são usadas contra erupções cutâneas (da pele) e abcessos e o suco da folha é utilizado no combate aos vermes intestinais.O óleo e seus isolados inibem o desenvolvimento de fungos sobre homens e animais. A ação antimalárica é atribuída ao princípio ativo “gedunine”: tabletes e injeções contendo em suas formulações extratos de nim são usados no tratamento da malária crônica.

Como fertilizante orgânico

A pasta resultante da prensagem das sementes de nim vem se mostrando um adubo orgânico promissor, desde que misturado a outras fontes mais solúveis de nitrogênio. Essa ressalva é válida porque, sendo antimicrobial, a torta de nim reduz a população de bactérias nitrificadoras (que captam o nitrogênio do ar e o disponibilizam para a planta): apenas cerca de 56% do nitrogênio livre é processado pelos microorganismos do solo, após a colocação da pasta de nim. Por retardar o processo que disponibiliza o nitrogênio no solo, o uso da pasta de nim está sendo recomendado para ser misturada com fontes de nitrogênio altamente solúveis, como os fertilizantes sintéticos utilizados na agricultura convencional, diminuindo as perdas de nitrogênio pelo ar ou pelo escorrimento juntamente com as águas no interior ou na superfície dos solos. Entretanto, o uso desse material na agricultura orgânica, que se vale de adubos orgânicos pouco solúveis não é recomendado, visto que o mesmo retarda o processo de disponibilização de nitrogênio que já ocorre de forma equilibrada e numa velocidade menor que em sistemas convencionais.

Produção de Biomassa para a propriedade.

Após a maturação, as árvores de nim rendem de 10 a 40 toneladas de matéria seca por hectare, dependendo das chuvas e das condições locais, como espaçamento e expressão do material genético. As folhas abrangem cerca de metade da biomassa produzida, enquanto frutos e madeira cerca de 25% cada. A madeira do nim é dura, relativamente pesada e utilizada na confecção de carretas, ferramentas e implementos agrícolas. Por ser durável e resistente é utilizada na fabricação de postes para cerca, casas e móveis; além de ser excelente fonte de lenha e combustível, possuindo um carvão de alto poder calorífico.

Espécie para reflorestamentos e sistemas agroflorestais.

Na Índia e na África, o nim é uma espécie silvícola valiosa e está se tornando popular na América Central. Por ser uma árvore robusta, é ideal para programas de reflorestamento e para recuperação de áreas degradadas, áridas ou costeiras. Em sistemas agroflorestais, o nim é usado como quebra-ventos. Protegendo as culturas da ação dos ventos e do ressecamento, o nim colabora para o incremento da produtividade das lavouras, além do fornecimento constante de matéria orgânica (via folhas que caem no solo) e da reserva de madeira para o futuro. Contudo, pesquisadores alertam que estudos devem prosseguir para se verificar com quais culturas o nim pode ou não ser plantado conjuntamente, devido ao fenômeno da alelopatia (incompatibilidade entre espécies devido a substâncias expelidas pelas raízes ou folhas).

Fonte: “Cultivo e Utilização do Nim Indiano (Azadirachta indica A. Juss )”; Belmiro P. Neves & João Carlos M. Nogueira. Goiânia: Embrapa – CNPAF; 1

Nim Indiano

O nim é uma planta de origem asiática, pertencente à família Meliaceae, natural de Burma e das regiões áridas da Índia (SAXENA, 1983). O nim (Azadirachta indica A. Juss) também pode ser encontrado com os nomes de neen, margosa, nime, lila índio, ou ainda por Melia azadirachta L., Melia indica (A. Juss.) Brandis e Antelaea azadirachta (L.) Adelb. (KOUL et al., 1990).

É usada há séculos na Índia como planta medicinal, planta sombreadora e mais recentemente como inseticida, na produção de madeira e cosmético. Segundo MARTINEZ (2002), é conhecida há 5.000 anos e apresenta ação contra mais de 430 espécies de pragas que ocorrem em diversos países, causando múltiplos efeitos, tais como: repelência, interrupção do desenvolvimento e da ecdise, atraso no desenvolvimento, redução na fertilidade e fecundidade, e várias outras alterações no comportamento e na fisiologia dos insetos que podem levá-los a morte. Além disso, estudos vêm demonstrando que o nim é uma planta medicinal que pode ser usada como anti-séptico, tônico, vermífugo, na cura da diabetes, malária, problemas dermatológicos, combate a sarna, pulga e outras doenças (MARTINEZ, 2002).

Em vários países, incluindo o Brasil, essa árvore tem sido estudada para fornecer produtos alternativos aos agrotóxicos, como extratos de frutos, sementes, ramos e folhas, e para controlar pragas em culturas onde o uso de agrotóxico não é permitido, como no caso dos cultivos orgânicos.

Características botânicas

É uma árvore de crescimento rápido, podendo alcançar de 10 a 20 m de altura, com tronco semi-ereto a reto, marrom-avermelhado, duro e resistente, de 30 a 80 cm de diâmetro, e apresentando um sistema radicular que pode atingir profundidade de até 15 m. Sua copa pode variar de 8 a 12 m. Suas folhas são alternadas, com freqüência aglomerada nos extremos dos ramos simples e sem estípulas e com folíolos de coloração verde-clara intensa (SODEPAZ, 2006). Suas flores são brancas ou de cor creme e aromáticas, reunidas em inflorescências densas, de cerca de 25 cm de comprimento, encontrando-se tanto flores masculinas como hermafroditas na mesma planta. Seu fruto é uma baga ovalada que apresenta cor verde-clara durante seu desenvolvimento inicial, e se tornando amarelado, com polpa macia e amarga quando madura (SODEPAZ, 2006). Sua semente apresenta uma casca dura, porém fina, de coloração branca, contendo em seu interior a semente propriamente dita, de coloração marrom.

Ecologia da planta

A planta cresce durante os cinco primeiros anos de 4 a 7 m. Sua floração normalmente se inicia no segundo ano de idade, e a produção de frutos passa a ser significativa após três anos do plantio, com cerca de 8 kg de frutos planta-1. No Brasil, a produção de frutos se inicia em dezembro nas regiões Central, Norte e Nordeste; na região Sudeste, a produção predomina entre fevereiro a abril, e na região sul, vai de maio até junho (MARTINEZ et al., 1998).

Clima e solo

O nim é uma planta de clima tropical, podendo se adaptar ao clima subtropical. Seu máximo potencial de desenvolvimento é obtido com temperaturas entre 20 e 32º C (GRUBER, 1992). É mais resistente às altas do que as baixas temperaturas, tolerando temperaturas altas, mas não suportando temperaturas abaixo de 4ºC por muito tempo. Geadas causam mais danos em mudas pequenas do que em árvores maduras, porém podem reduzir drasticamente a produção de frutos no ano seguinte.

A planta é resistente à seca, podendo se desenvolver com precipitação média anual de 400 mm, porém as condições ideais estão entre 800 e 1800 mm. Pode se desenvolver em qualquer solo, tendo preferência pelos profundos e bem drenados. O pH do solo ideal para seu crescimento deve variar de 6,5 e 7,5 (GRUBER, 1992).

Usos do nim

1. Como árvore.

Usada para arborização de ruas e praças, usada no campo como quebra-vento e como sombra. Sua madeira é resistente a cupins e tem sido utilizada na fabricação de móveis, mourões, estacas, esteios, ripas, caibros e utensílios domésticos (SODEPAZ, 2006).

2. Como inseticida, acaricida, fungicida e nematicida.

Com os extratos das folhas, sementes e cascas do nim, são obtidos o óleo, a torta moída e o pó de suas partes trituradas. Esses produtos têm demonstrado ação repelente e de alteração no crescimento e no desenvolvimento de um grande número de espécies de pragas (CPT, 2006).

3. Como medicamento e cosmético.

Apesar de poucos estudos nessa área, sabe-se que o nim tem sido empregado com algum sucesso na medicina, como antimicrobiano e no combate de problemas dermatológicos. Na indústria de cosméticos, tem-se obtido bons resultados na fabricação de xampus, sabonetes e cremes dentais (CPT, 2006; OSI, 2006).

4. Uso veterinário.

Em animais, estudos recentes, têm mostrado que o nim pode ser um grande aliado para controle de carrapato, mosca-do-chifre e no controle de sarna (CPT, 2006).

Modo de ação do nim sobre os insetos

A ação dos extratos de nim sobre insetos é bastante variável de espécie para espécie. Pode afetar o desenvolvimento das larvas e atrasar seu crescimento, reduzir a fecundidade e fertilidade dos adultos, alterar o comportamento e causar diversas anomalias nas células e na fisiologia dos insetos (IAPAR, 2006b).

De acordo com a literatura, o nim contém um grupo variado de substâncias bioativas com alto efeito biológico; entre estas substâncias estão azadiractina, meliantrol e salanina (NARAGNAN et al., 1980), além de vilasinina (KRAUS et al., 1991). O conjunto dessas substâncias e a ação específica de cada uma delas em separado produzem diferentes efeitos sobre os insetos, como repelência, esterilidade, desorientação na oviposição, efeito letal, regulador do crescimento, entre outros (JACOBSON, 1987; BRECHELT et al., 1995). Todavia, estudos têm sido enfocados principalmente em relação a azadiractina, por ser o ingrediente com maior atividade tóxica (SOON & BOTTRELL, 1994). A azadiractina é encontrada em maior quantidade nos frutos do que em demais partes da planta. O conteúdo médio dela nas sementes é de 3,5 mg g-1 de semente (ERMEL et al., 1987).

Pela sua semelhança com o hormônio da ecdise (processo que possibilita ao inseto trocar o esqueleto externo, possibilitando seu crescimento), a azadiractina pode perturbar a ecdise do inseto e, em altas concentrações pode chegar a impedi-la, causando sua morte. Por essa razão, as formas jovens de insetos são mais fáceis de controlar. A salanina, outra substância encontrada no nim, é um repelente fortíssimo (SODEPAZ, 2006). A azadiractina não causa a morte do inseto imediatamente, dado o seu efeito fisiológico, porém, além de afetar a ecdise, reduz o consumo de alimento, retarda o desenvolvimento, repele os adultos e reduz a postura nas áreas tratadas. Também tem maior ação por ingestão, de modo que os insetos mastigadores são mais facilmente afetados. (IAPAR, 2006b).

A azadiractina é muito instável em meios ácidos e alcalinos, em altas temperaturas, em presença de luz e de umidade (DAMARLA, 2001). ERMEL et al. (1987) demonstraram que a atividade da azadiractina pode ser reduzida em 10% quando exposta a temperaturas acima de 50ºC durante 24 horas (SCHMUTTERER, 1990). Por isso se torna importante tomar os devidos cuidados durante os processos de colheita, secagem e armazenamento das sementes.

As espécies que tem se mostrado mais facilmente controladas são as lagartas, pulgões, cigarrinhas, larvas de besouros e pragas de grãos armazenados. Resultados de pesquisas mostraram efeitos letais e deformidades em larvas e pupas de lagarta-do-cartucho do milho (Spodoptera frugiperda), em ácaros (Tetranichus urticae e Panonychus citri), nematóides como Meloidogyne incognita, mosca-das-frutas (C. capitata), cochonilhas (Saissetia coffeae), broca-do-café (Hypothenemus hampei), mosca branca (Bemisia tabaci) e redução de postura em bicho-mineiro (Leucoptera coffeella), (SCHMUTTERER, 1988; GRUBER, 1992).

Os inseticidas naturais do nim são considerados de fácil biodegradação por não deixar resíduos tóxicos, por não haver acúmulo de contaminantes na cadeia alimentar e por não deixar resíduos no solo e nos produtos vegetais (SODEPAZ, 2006).

Multiplicação e manejo da árvore

1. Propagação em viveiro

As plântulas podem ser produzidas em germinadores ou diretamente em sacos plásticos dentro de viveiros, para posterior plantio no local definitivo. Para tanto, deve-se construir os viveiros a pleno sol, sem nenhum tipo de cobertura, já que as plantas são favorecidas pela luz e não toleram sombra intensa (MARTINEZ, 2002).

Nos germinadores, deve-se utilizar solo com alto conteúdo de matéria orgânica, para favorecer a aeração e evitar o encharcamento das sementes. Nesse manejo, as sementes selecionadas são colocadas na areia e são irrigadas preferencialmente por nebulização, e podem ser cobertas com material leve para impedir perdas de umidade na fase inicial da germinação (MARTINEZ, 2002).

Na utilização de sacos plásticos de polietileno de 10 x 25 cm, as sementes são colocadas a uma profundidade de 2,5 cm em substrato com combinação de 30% solo + 40% matéria orgânica + 30% areia. Antes, pode-se também colocar as sementes entre duas mantas úmidas de papel grossos ou tecido até que os cotilédones iniciem sua saída da casca (cerca de sete dias depois) e depois transportar as sementes para os sacos plásticos (MARTINEZ, 2002). Em geral, as mudas devem permanecer no viveiro por aproximadamente três meses, quando atingem 30 a 50 cm e estarão prontas para serem levadas ao campo (transplantadas).

2. Espaçamento e transplante

Para o plantio das mudas no campo, deve-se retirá-las dos sacos de polietileno somente na hora do plantio, evitando-se assim perdas de seu substrato e de sua umidade (MARTINEZ, 2002).

O espaçamento de plantio varia em função do objetivo da produção do nim, das condições ambientais e do manejo a ser utilizado na cultura (IAPAR, 2006a). Além disso, deve-se lembrar que para o nim, quanto maior a quantidade de luz solar recebida, maior é seu desenvolvimento vegetativo e, portanto, alta produção de sementes por ano e de qualidade da madeira (IAPAR, 2006b).

Normalmente, para a produção de sementes, recomenda-se o espaçamento de 7 m entre fileiras x 5 a 8 m entre árvores, com o maior espaçamento nas regiões mais quentes; para a produção de madeira, usa-se 8 x 8 m (IAPAR, 2006a).

Podas

O nim necessita de podas para se conduzir o tronco sem ramos até que chegue a 2 m de altura (IAPAR, 2006a). Desse modo, realiza-se uma poda de formação nas plantas enquanto jovens, para que alcancem a forma desejada, e para que haja a formação de um tronco reto; posteriormente faz-se uma poda de produção nas árvores já adultas, por volta do terceiro ano, ou após a primeira colheita, com o intuito de estabilizar a produção (MARTINEZ, 2002). O ponteiro apical pode ser cortado quando a planta alcançar 4 a 5 m de altura, fazendo com que a árvore não se torne muito alta e a copa se desenvolva melhor (IAPAR, 2006a).

Produção

Em condições favoráveis, as árvores iniciam sua floração dois a três anos após seu plantio, atingindo produção de 2,4 a 8,0 kg por árvore. Em geral, a frutificação ocorre uma vez por ano. Contudo, dependendo do clima, principalmente da temperatura, pode realizar-se duas colheitas por ano. O rendimento dos frutos varia entre 30 e 50 kg árvore-1 devido à temperatura, à umidade, ao tipo de solo e genótipo. Normalmente, 50 kg de frutos maduros têm cerca de 30 kg de sementes que produzem 6 kg de óleo e 21 kg de pasta (CNPAF, 2006)

Colheita dos frutos

O ponto ideal de colheita é quando os frutos começam a amadurecer, ou seja, passam da cor verde para a amarela. Para a maior qualidade das sementes e dos extratos, a colheita dos frutos deve ser feita diretamente nos ramos, cortando-se os cachos quando cerca de 50% dos frutos se encontrarem amarelos (maduros) (IAPAR, 2006a). Os cachos de frutos devem ser colocados à sombra até que termine o processo de maturação. Só então será feito o despolpamento e a secagem das sementes (IAPAR, 2006a). Com a colheita do fruto e posterior secagem das sementes, é possível obter o pó da semente, o óleo puro, o óleo emulsionável, repelente de mosquitos, xampus, sabonetes e cremes dentais. A colheita de folhas do nim pode ser realizada durante o ano todo para o preparo de extratos das folhas, que pode ser feito tanto com folhas secas quanto com folhas ?in natura? (MARTINEZ, 2002).

Despolpamento e secagem das sementes

O despolpamento e secagem das sementes devem ser feitos adequadamente e logo após a colheita, pois esse processo é de fundamental importância para a germinação das sementes, para a conservação do teor de azadiractina e para a qualidade dos produtos que serão obtidos (MARTINEZ, 2002).

As sementes de nim geralmente perdem a capacidade de germinar a partir de 3 a 4 semanas depois de colhidas. Além disso, se não forem despolpadas, lavadas, secas e guardadas de maneira correta, podem mofar e se tornarão imprestáveis tanto para o plantio como para os outros usos. Por esta razão, para produzir mudas ou para extrair óleo, é necessário muito cuidado durante a colheita, seleção, despolpa, lavagem, secagem e armazenagem das sementes, para que os produtos obtidos tenham qualidade garantida. (ESPLAR, 2006).

Para facilitar o despolpamento, recomenda-se que os frutos sejam submersos em água por algumas horas antes de serem despolpados, para amaciar e suavizar a polpa, para em seguida ser possível realizar a lavagem das sementes com água para se extrair as substâncias açucaradas restantes (MARTINEZ, 2002).

As sementes devem ser secas antes do armazenamento, longe do contato direto com o chão, para evitar que esquentem demais. É necessário um dia de pleno sol, revolvendo as sementes duas vezes, e, depois as colocando à sombra em camadas finas, para se eliminar a umidade remanescente. A secagem deve prosseguir até as sementes adquirirem cor marrom clara ou escura e com umidade de 15%. Para um armazenamento mais prolongado, a umidade deve ficar ao redor de 8%, quando estarão prontas para o plantio, armazenamento ou para a produção de óleo. Cada kilograma de sementes secas contém ao redor de 3 mil sementes (MARTINEZ, 2002).

Produtos do nim

De acordo com CPT (2006), são obtidos os seguintes produtos a partir do nim:

Sementes. Contém a maior parte de ingredientes ativos; controla mais de 400 espécies de insetos/pragas, além de fungos e nematóides.

Óleo da semente. Obtido pela prensagem em prensa hidráulica (chega-se a 47% de óleo); a dosagem vai depender da praga a ser controlada e da cultura onde ela ocorre.

Torta da semente. Material resultante da prensagem da semente para extrair o óleo; incorporado ao solo, controla diversos fungos. É utilizado como vermífugo na alimentação animal e como adubo orgânico ou em misturas com fertilizantes nitrogenados para inibir a nitrificação e aumentar a eficiência do fertilizante.

Folha e extrato aquoso da folha. Possui ingredientes ativos em menor concentração do que as sementes; folhas verdes ou secas, incorporadas ao solo, controlam fungos patogênicos e nematóides. Nos animais, combate carrapatos e mosca-de-chifre.

Polpa do fruto. É rica em carboidrato e pode ser usada na produção de álcool ou de gás metano.

Modo de preparo de extratos do nim

Para o controle dos insetos que ficam expostos sobre as folhas das plantas, normalmente tem-se usado a pulverização do extrato aquoso do nim ou soluções de óleo emulsionável (MARTINEZ, 2002).

Extrato Aquoso. Os extratos podem ser preparados com a simples trituração das sementes, das folhas ou da torta. Esse pó obtido da trituração deve descansar por 12 horas em água, para só então ser filtrado o líquido, ser diluído na concentração adequada para a praga em questão, e poder ser utilizado na pulverização das áreas infestadas. Essa solução deve ser usada em 24 horas para que não se perca a ação dos princípios ativos do nim.

Extração do óleo. O óleo inseticida é extraído pela prensagem das sementes, obtendo-se no máximo 47% de óleo, que contém cerca de 10% da azadiractina existente no fruto. Essa prensagem pode se dar por prensa manual ou mecânica, ou mesmo por pilão. A torta restante (muito rica em azadiractina), tem efeito nematicida e serve também como adubo orgânico, podendo também ser secada e utilizada posteriormente para preparo de extratos inseticidas, em mistura com água e filtração. Normalmente a prensagem de 1 kg de semente de nim gera cerca de 150 ml de óleo.

Aplicação dos produtos no campo

O pó obtido da trituração do nim pode ser colocado diretamente nas sementes, nas folhas, ou no solo para controle de lagartas e pragas de solo. Já o extrato aquoso e a solução de óleo emulsionável são recomendados no controle de pragas que ficam expostas em folhas. A aplicação do produto teria efeito na lavoura em torno de sete dias, a qual deveria ser refeita após esse período (MARTINEZ, 2002).

Doses utilizadas

Ainda não há informações detalhadas sobre doses específicas para cada inseto. Entretanto, de modo geral, as seguintes doses têm apresentado eficácia no controle principalmente das pragas de hortaliças (IAPAR, 2006b):

– óleo emulsionável: 5 ml litro-1 de água;
– sementes secas (pó): 30 a 40 g litro-1 de água;

– folhas secas: 40 g a 50 g litro-1 de água.

Como na história de sucesso das sócias, a produção de nim cresce em alta velocidade graças às suas inúmeras aplicações ambientais e comerciais. Cosméticos e produtos de higiene, como pastas de dente, são feitos à base de nim. A indústria farmacêutica a utiliza na produção de remédios contra piolhos e escabiose e xarope contra bronquite. Por ser um excelente antiviral, está sendo testado até em coquetéis contra o vírus da Aids. A Índia produz 600 tipos de medicamentos feitos com a árvore.

MÓVEIS FINOS da mesma família do mogno, o nim é ideal para a fabricação de móveis finos e artesanato. Como é rica em tanino, a planta é resistente aos ataques de cupim e de traça. Segundo o pesquisador Belmiro Neves, da Embrapa Arroz e Feijão, o metro cúbico da madeira é cotado a 400 dólares. Um bom manejo resulta em 40 metros cúbicos de madeira por hectare. As folhas são usadas na ração animal, como vermífugo. Trituradas, servem também como um bom repelente para o gado. Além disso tudo, graças à propriedade inseticida, o nim tornou-se uma promessa para a agricultura auto-sustentável, por ser uma alternativa menos agressiva no controle de pragas. “A árvore vai ajudar a evitar um possível ‘apagão florestal'”, aposta Belmiro, referindo-se ao avanço do desflorestamento para a abertura de lavouras.

Introdução
Pesquisadores descobriram que o nim age tanto na área de Pesticidas, como na área medicinal. Descobriu-se que as sementes do Nim combatem mais de 200 espécies de insetos, pragas, baratas, traças, pulgões, dentre outros. Nim, uma árvore para resolver problemas globais. A árvore é provavelmente a melhor fonte de biopesticida existente. É um presente de Deus. Uma árvore que pode ajudar a todos. Surpreendentes propriedades de cura têm sido atribuídos ao nim por antigos autores sânscritos. Na verdade, a árvore tem servido como um dispensário nas áreas rurais e assegurou seu lugar na farmacopéia indiana. Devido a efeitos colaterais provocados por pesticidas sintéticos, a tendência atual é o uso de um pesticida natural. Mais de 2400 plantas são conhecidas por suas propriedades pesticidas, mas somente o Nim oferece um controle efetivo dos insetos que causam perdas nas agricultura sem afetar o meio ambiente. Várias partes da árvore têm sido usadas na Índia há vários milênios com propósitos medicinais. A Ayurveda considera a árvore como uma SARVA ROGHA NIVARANI ( Cura de todos os males). Sua casca é receitada para febre , reumatismo, dores, lombares, etc.

O óleo é usado no tratamento de tétano, urticária, eczema, escrófula, erisipelas, e nos estágios iniciais da lepra. O suco de folhas do nim é usado para expelir lombrigas, curar icterícia, e doenças da pele. Os pequenos galhos da árvore do nim são usados em muitas comunidades como escovas de dentes descartáveis que ajudam na preservação dos dentes. Vento soprando nas folhas da árvore de nim é de grande beneficio para pessoas nas redondezas. A árvore é muito estimada pelos Indianos. Folhas de nim mantida entre roupas de lã ou de seda dobradas as protegem de insetos. Antes da era dos inseticidas sintéticos, o miolo do nim era usado para proteger as plantações contra ataque de insetos.

Descrição
A árvores do nim são frondosas e podem alcançar 30 m de altura e 2,5 m de circunferência. A distribuição de seus galhos formam coroas de até 10 m de diâmetro Os galhos quase sempre permanecem cheios de folhas, exceto durante uma forte seca, quando as folhas podem cair. Seu tronco, geralmente reto e curto, tem uma casca grossa, forte e enrrugada. As raízes penetram profundamente no solo, e quando lesadas, produzem rebentos. Esses rebentos tendem a ser prolíficos em localidades secas. As pequenas flores brancas e bissexuais nascem em cachos e seu aroma parecido com o do mel atraem as abelhas. Seu fruto é macio e tem a forma elíptica e mede em torno de 2 cm de comprimento. Quando maduro fica amarelado e contém uma polpa doce envolvendo a semente. A semente é composta de uma concha e um miolo. As vezes 2 ou 3 miolos cada um pesando a metade do peso da semente. É o miolo o mais usado como pesticida. A árvore do nim normalmente começa a produzir frutos após 3 a 5 anos. Torna-se completamente produtiva em 10 anos e, daí em diante pode produzir até 50 quilos de frutas pôr ano. Esta árvore pode viver até 200 anos.

Distribuição
O nim é nativo em todo o subcontinente Indiano. É na India que a árvore é mais amplamente explorada. Ela é cultivada desde a ponta do Kerala até o Himalaia, em regiões tropicais e subtropicais, em regiões áridas até nas tropicais úmidas e desde o nível do mar até 700 m de altitude. O nim foi introduzido na África no inicio do século. Agora está sendo cultivado em pelo menos 30 países , principalmente naqueles ao longo da costa sul do deserto do Saara, onde se tornou um importante fornecedor de combustível e madeira. Foi introduzida em Fidji, Caribe, e em muitos países da América central e da América do sul.

Propagação
A árvore é de fácil propagação, tanto sexual, quanto vegetativamente, pode ser plantada usando-se sementes, mudas, rebentos, ou cultura de tecidos. No entanto é normalmente cultivada a partir de sementes plantadas diretamente ou transplantadas como mudas de um viveiro.

Problemas com o nim
Fogo mata as mudas de nim instantaneamente. Fortes ventos são problemas em potencial. Árvores grandes frequentemente caem durante furacões, ciclones, ou tufões. A regeneração das mudas do nim sob galpões são sensíveis à súbita exposição de intensa luz solar. Em algumas localidades, ratos e porcos espinhos matam as árvores jovens roendo sua casca ao redor da base.

Propriedades Fungicidas
O nim provou ser eficaz contra certos fungos que infectam o corpo humano tais fungos são um problemas crescente e difíceis de serem controlados por fungicidas sintéticos. São exemplos de alguns fungos combatidos pelo nim-
Trichophyto: Pé-de-atleta que infecta tanto a pele quanto as unhas.
Epidermophyton : Micose que infecta o cabelo, a pele e as unhas do pé.
Trichosporon : Um fungo do canal intestinal.
Microsporum : Uma micose que infecta o cabelo a pele e as unhas.
Geotrichum : Um fungo espumante que causa infeção nos brônquios, pulmões, e membranas da mucosa.
Cândida : Um fungo que é parte da mucosa normal da flora, mas que pode ficar fora de controle e provocar lesões na boca, vagina e pulmões.

Propriedades Anti- Bacterianas
Óleo de Nim tem eliminado várias espécies de bactérias patogênicas, incluindo STAPHYLOCOCCUS AUREUS, que é uma fonte comum de intoxicação alimentar, e causadora de desarranjos. SALMONELLA TYPHOSA, esta bactéria muito temida que vive na comida e na água causa o tifo, envenenamento alimentar e uma variedade de infecções que incluem envenenamento sangüíneo e inflamação intestinal.

Propriedades Anti-Viróticas
A atividade anti-virótica do nim tem alta eficácia, particularmente contra doenças caracterizadas por erupções. Varíola , catapora , e verrugas , têm sido tradicionalmente tratados com pasta de nim, esfregando-se a mesma na área afetada. O nim é um preventivo muito eficiente contra vírus , mas não é a cura.

Propriedade Inseticida Dermatológica
Nim é um remédio comum e popular contra piolho e vermes. No Haiti , por exemplo, as folhas do nim são esmagadas e esfregadas nos ferimentos infectados por vermes, e na Índia e Bangladesh, moradores de vilas aplicam o nim no cabelo para matar piolho, fatos observados com grande sucesso.

Nim no Tratamento Dentário
Tanto na India como na África milhões de pessoas usam pequenos galhos de nim como escovas de dentes todos os dias. Dentistas aprovam esta prática primitiva por acharem que realmente previne doenças periodônticas. Não está claro se o beneficio é devido á massagem regulares da gengiva, se por prevenir a formação de placas, se pelas propriedades anti-sépticas do nim, ou se pelas três hipóteses juntas. Companhias alemãs usam o nim como um ingrediente ativo em pastas dental. O nim se mostra muito eficaz na preservação e cura de inflamações nas gengivas e nas doenças periódicas.

Nim como Preventivo da Doença de Chagas
O parasita Trypanosoma crusi causa esta grave doença. Ele vive e se reproduz dentro das células nervosas e das células musculares, particularmente nas do coração, sugando toda a energia de sua vitimas. Extratos do nim atuam sobre o mosquito que transmite a Doença de Chagas. Os extratos não matam os insetos, ao invés, eles os imunizam contra parasitas que vivem dentro do insetos por um ciclo de sua vidas. Uma pesquisa foi realizada e mostrou que alimentando-se os mosquitos transmissores com nim, não só os libertam do parasitas, como também o azadirachta impedem o jovem inseto de mudar de pele e os adultos de se reproduzirem.

Nim como Preventivo da Malária
Profissionais indianos da medicina Ayurvedica tem preparado doses orais do nim e administrado em paciente portadores de malária a séculos. A atividade anti-malárica do nim está relatada nos livros de Ayurveda. Chá das folhas do nim é usado para tratar-la. Certos extratos das folhas e das sementes do nim, provaram sua eficiência contra os parasitas da malária. O nim reage tão bem quanto o quinino nas culturas de células afetadas pela malária.

Nim como Analgésico e Anti-Térmico
Nim é também muito eficaz como analgésico, antitérmico e antinflamatório, e um produto de baixo custo. O nim é usado para estes propósitos onde quer que seja cultivado.

Outras Propriedades Medicinais
Extratos de águas das folhas e do óleo do nim provaram reduzir significativamente o açucar no sangue e impedir que a adrenalina produza hiperglicemia em animais de laboratório. O nim demostrou uma propriedade significativa de infertilidade em ratos machos sem interferir com os espermas atogenesis. Extratos alcoólicos das folhas provaram curar doenças cutâneas como o eczemas, impigem, etc. Nimbidim , um componente amargo extraído do óleo do nim provou possuir uma atividade analgésica e antipirética eficaz no tratamento de sarna e úlcera gastroduodenal crônica Ninbatikta. Um elemento completamente amargo do azadirachta indica também provou curar úlcera crônicas com eficácia o uso do óleo do nim intravaginal provou ser eficaz na prevenção da gravidez.

Nim no Controle de Insetos
Os indianos tem tradicionalmente esmagado as folhas do nim e esfregado as mesmas nos ferimentos expostos do gado para eliminar os vermes. Mosca de chifre. O azadirachta atravessa o canal digestivo do ruminante e lá permanece tempo suficiente para que as moscas de chifre não se desenvolvam no estrume. O Óleo e o extrato da semente do NIM impedem que a blow fly fêmea, Lucilia Sericata, de botar seus ovos em carneiros. No Sri Lanka, o óleo do nim é esfregado no gado como um repelente de insetos como a mosca-de-chifre. O azadirachta também é capaz de exterminar os ovos da mosca stomoxys calcitrans.

Nim no Controle de Bactérias
A bactéria do staphylococcus aureus causa mastite, inflamação das glândulas mamarias em vacas. A aparente eficácia do nim em controlar certos tipos dessa bactérias pode, portanto, ser de grande importância econômica para fabricas de laticínios nas nações que cultivam o nim. A bactéria salmonella além de afetar a saúde humana, causa aborto em animais, gado, e carneiros, como também vários tipos de infeções em aves domésticas e gado, podendo, também, ser controlado pelo nim.

Produtos Industriais do Nim

Óleo do Nim – O óleo do nim é composto basicamente de triglicerideos de oleico, steárico, linoleico, e palmitico. O óleo de nim é usado principalmente em lamparinas, sabões, e outros produtos não comestíveis. É usado por fabricantes de sabão por ser barato.

Cosméticos – o nim é tido na India como um produto de beleza. As folhas do nim pulverizadas são um componente fundamental de pelo menos um creme facial muito usado. O óleo do nim purificado é também usado em esmaltes e outros produtos.

Lubrificantes – O óleo do nim é lubrificante e resiste a degradação melhor que a maioria dos óleos vegetais, nas zonas rurais da Índia, o óleo é usado com freqüência para lubrificar rodas de carroças.

Fertilizante – O nim demostrou um potencial considerável como fertilizante
1 – A pasta no nim – é amplamente usada na Índia para fertilizar plantações com objetivos comerciais, especialmente a cana-de-açúcar e hortaliças, pois contém nitrogênio, fósforo, cálcio, magnésio e potássio. Quando misturada na terra como adubo, protege as raízes das plantas de nematóides e formigas brancas.

2 – As folhas do nim – em algumas áreas do estado de Karnataka na India as pessoas cultivam a árvore especialmente por sua folhas verdes e galhos, os quais são jogados dentro dos arrozais encharcados, antes das mudas serem transplantadas.

Madeira – As propriedades da madeira do nim se parecem com as do mogno. É relativamente pesado e quando é cortado do pé propaga um forte cheiro. Embora seja fácil de serrar, trabalhar, polir e colar, deve antes ser secado com cuidado por que geralmente se parte e empena. É uma madeira boa para construções e amplamente usada na fabricação de carroças, ferramentas manuseáveis e implementos agrícolas. É também comum o seu uso na fabricações de móveis. É raramente atacado por formigas brancas e é resistente ao cupim.

Combustível – O nim produz diversos combustível úteis. Seu óleo é queimado em lamparina, sua madeira usada como lenha. A casca da semente que não possui óleo e é desperdiçada na fabricação de pesticidas é amplamente empregada como combustível. O carvão produzido da madeira do nim é de excelente qualidade.

Outros Produtos
Existem outros produtos o quais são derivados do nim – Resina e um material que contém muitas proteínas. É possível usa-lo como aditivo alimentar e é amplamente usado como cola do nim. A casca do nim contém 14% de tanino. Ela produz fibras grossas e fortes, que entrelaçadas transformam-se em cordas nas vilas da India. Mel – apicultores plantam árvores do nim para adquirirem o mel de sua flores. Há relatos de pessoas que comem o nim. Dizem que Mahatma Gandhi, que possuía um grande respeito pelos efeitos nutritivos das plantas, sempre preparava um molho picante com as folhas do nim e comia com deleite, apesar de seu incrível gosto amargo. A polpa da frutas do nim é uma base promissora para a geração do gás metano e também pode servir como uma rica base de carbohidratos para outras fermentações industriais.

Efeitos do Nim em Insetos
Rompendo ou inibindo o desenvolvimento de ovos e larvas
Bloqueados a mudança de pele de larvas e ninfas
Rompendo o acasalamento e a comunicação sexual.
Repelindo larvas e insetos adultos.
Impedindo a fêmea de botar ovos.
Esterilizando os adultos.
Envenenando larvas adultas.
Impedindo a alimentação.
Bloqueado a Habilidade de Swakkiw.
Inibindo a formação de Chitin.

Insetos Afetados por Produtos do Nim
Mosca do Chifre – Mosca Branca – Mosca Caseira – Piolhos – Grilos – Formigas de Fogo – Gorgulho do Arroz – Barata, etc…

Uso do Nim

Casca – é amarga adstringente, acre, refrescante, lombrigueiro, inseticida, tônico para o fígado, expectorante e retentor da urina, É útil em condições anormais de lepra, doenças da pele, eczema, leucoderma, febre de malária, ferimentos, úlceras, azia, tumores, glândulas, aminorreias, reumatismo, sífilis, e fadiga.

Folhas – são amargas adstringentes, acres. Depurativas, anti-sépticas, oftálmicas, lombrigueiras, abrem o apetite, inseticidas, refrescantes, e calmantes. São úteis em azias, lepra, leucoderma, doenças de pele, prurido, lombrigas, dispepsias, úlceras, tuberculoses, bolhas, eczema, e febres de malária. Tônicas, são úteis em cólicas e debilidades gerais.

Sementes – são amargas, acres, termogênicas, purgantes, lombrigueiras, retentores de urina, emolientes, calmantes, depurativas. São úteis em condições anormais de tumores, lepra, da pele, lombrigas, hemorróidas, tuberculoses, ferimentos, constipação e diabetes.

Óleo – é amargo. Lombrigueiro , relaxante, e depurativo. É útil em doenças crônicas da pele, impigem, sarna, lombrigas, febre de malária, sífilis e lepra.

Nim e os Biopesticidas
O setor agrícola domina o cenário econômico na Índia. A produção de grãos comestíveis gira em torno de 170 milhões de toneladas e estima-se que no ano 2000 a India necessitaria em torno de 210 milhões de tonelada de grãos comestíveis, tendo em vista o fato de que anualmente 6 milhões de toneladas são perdidos devido a pragas nas lavouras, ervas daninhas, roedores, pássaros e más condições do tempo e de estocagem. O uso de pesticidas, tornou-se essencial. O uso de pyretroides sinteticos nos últimos anos causou a propagação da mosca branca, no algodão em Gujarat, Andhra pradesh e em localidades do Tamil Nadu. Constantes resíduos de pesticidas altamente tóxicos DDT HCH e o Chorinated Hydrocarbon foram encontrado em hortaliças frutas, leites, óleos, manteiga, e carne, tanto quanto em leite materno. A natureza dispõe de alternativas aos pesticidas químicos que deveriam ser usados para o controle de pestes. Os biopesticidas produzidos do nim são de grande eficácia e comercialmente viáveis. Baratos, possuem efeitos a longo prazo, não poluem e não são nocivos à saúde humana.

Bactérias: Biopesticida de mais sucesso até o momento é op Bacillus Thuringiensis *(B.T) existem 25 tipos de B.T. sendo usados contra pragas. Eles produzem várias toxinas inseticidas tais como exoand Endotoxins, que são responsáveis pela morte de insetos tão logo penetrem em seus corpos. Aproximadamente 525 insetos de vários tipos foram encontrados infectados pelo B.T. muitos produtos comerciais do B.T. foram fabricados por aproximadamente 12 empresas em 5 países e são denominados Thuricide, Bakthne, Bacttodpein, etc. essas formulas são excelentes no controle de peste da couve, tais como diamond heliothis do algodão e do milho, brocas européias do milho. Larva do Chifre do tabaco e largarta, do Castanheiro da Índia, foram relatada nos últimos anos.

Fungos: Este é o mais amplo grupo de biopesticidas que incluem mais de 500 espécies de parasitas e fungos predatório eficazes contra inúmeros insetos fungos e nematoides.

Nim: Um Biopesticida

Controle do crescimento do arroz
Controle de fungos nocivos ao arroz
Controle da mancha do arroz
Controle da bacteria que faz secar as folhas
Controle do caruncho que afeta o coqueiro
Controle das doeças de hortaliças
Controle do caruncho do gengibre
Controle patogênico de bacterias em plantas
Controle de doenças viróticas em plantações de hortaliças
Controle do vírus mosaico da pimenta usando produto vegetais
Controle dos insetos que atacam a kail chinês
Controle de fungos que atacam o amendoim
Controle da descamação da batata
Controle patogênico do solo para cultivo do gengibre
Controle do vírus mosaico do pepino.
O nim acrescentado aos inseticidas sintetícos é usado no controle do bullwowrm do algodão. nim é eficaz contra insetos que atacam o algodão, a vagem, o arroz, etc… o óleo do nim preserva as folhas do algodão

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